O vereador José Odílio dos Santos, conhecido como Zé Odílio, e seu irmão, Valdereis, são investigados pela Polícia Civil de Reserva por envolvimento na morte de Diógenes Fernando Ferraz Lemes, de 24 anos, sobrinho do vereador. O advogado Jorge Sebastião Filho, que representa Zé Odílio, afirmou em entrevista exclusiva ao Portal aRede e Jornal da Manhã que a defesa solicitou acesso ao conteúdo do processo para ter ciência dos motivos da decretação da prisão preventiva, porém o acesso foi negado pela Juíza de Reserva.

“Ingressamos com Mandado de Segurança no TJ PR que está pendente de julgamento, tendo como objeto a liberação de acesso aos autos. Requeremos a realização de interrogatório por videoconferência que já foi realizado, sendo que José Odílio esclareceu que estava sendo ameaçado pelo sobrinho, com graves ameaças de morte, e por esse motivo ocorreram os fatos. Estamos aguardando o acesso aos autos para a adoção das medidas legais cabíveis em relação à prisão preventiva decretada”, disse o advogado.

Zé Odílio e Valdereis foram indiciados por homicídio qualificado, por motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por porte ilegal de arma de fogo. O crime ocorreu no início do mês, durante um velório, e teria sido motivado por uma dívida. Segundo a investigação, Zé Odílio teria efetuado três disparos de arma de fogo na cabeça de Diógenes após uma discussão por telefone horas antes.

AUTORIDADES - Em seu depoimento, Zé Odílio confessou o crime, alegando ter sido ameaçado pela vítima. No entanto, a investigação aponta contradições em seu relato. O delegado Silas Castro, responsável pelo caso, afirmou que o primeiro tiro foi disparado por trás da cabeça da vítima que os outros dois teriam sido efetuados quando Diógenes já estava no chão. Valdereis, irmão do vereador, negou participação no crime, alegando não ter conhecimento de que Zé Odílio estava armado. Ele afirmou ter fugido do local por medo e nervosismo.

Os irmãos estão foragidos desde o dia do crime. A Câmara Municipal de Reserva informou que acompanha o caso e aguarda o desenrolar das investigações. A instituição reitera seu compromisso com a transparência e a prestação de contas à população.

Fonte: ARede